Quem sou eu

Meu nome é Vera Helena. Meu interesse e objetivo consiste em conversar e trocar impressões e experiências sobre Alzheimer. Minha mãe, (foto acima) é portadora desta patologia e acho importante que a troca exista no sentido de acrescentar conhecimentos e gerar espaços para desabafos entre cuidadores, assim como eu. Dentro do que me proponho oferecer, sinto - me capaz de abordar sobre cuidadores, suas relações com o portador e familiares e sobre o cotidiano que envolve a todos os implicados nessa causa. Para saber mais, em cada segmento há uma justificativa desenvolvida com o objetivo de ajudá-lo. Julgo oportuno mencionar que passado algum tempo, percebo que hoje possuo um trajeto impregnado de experiências diversas pois os desafios acontecem todos os dias. A necessidade de dialogar com pares aumenta a cada dia, pois há momentos em que a solidão e a impotência invadem minha vida! Que tal olharmos para este tema com mais proximidade e conversarmos sobre Alzheimer? Pensem nisso e sobre isso...

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Observações Cotidianas: algumas impressões - Conforme mencionado dias atrás, no local onde minha mãe mora, há senhoras que são portadoras de alguma doença que afeta a memória. Consequentemente, as atitudes delas são decorrentes desta perda neuronal. Entretanto, há aquelas que lá residem por opção própria, ou como decisão familiar decorrente de necessidades diversas. Estas, não possuem comprometimento ligado à memória, portanto, "situam-se" adequadamente no dia a dia, atentas aos acontecimentos de maneira lúcida.Sobre estes universos diferentes, me inquieto a refletir se elas têm ganhos com este contato, na medida em que nem sempre se relacionam com os seus pares. Ou seja, muitas vezes, " conversam " uma conversa inócua, estéril, sem eco, na medida em que muito pouco do conteúdo destas falas têm coerência suficiente para o bate papo prosseguir naturalmente. Como decorrência dessa frustração, surge o silencio e isso não é saudável! Na contrapartida, vivencio e desfruto de outros momentos ímpares, oferecidos àqueles que conseguem sentir a magnitude dos mesmos. Um deste momentos é a hora da missa, onde reunidas quase que diariamente, se solidarizam diante do que este evento pode suscitar em cada uma delas. Assisti-las cantando, orando em silencio ou em preces faladas, é um convite para que eu me faça presente sempre que puder. Inclusive, por verificar que velhos hábitos permanecem atuais nos gestos da minha mãe, que com dificuldade, os executa revivendo um passado sempre presente enquanto possível! E assim vamos nós: um dia de cada vez e sempre! Beijos para todos. Vera Helena, sempre viva. 18/10/2012.

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