Quem sou eu

Meu nome é Vera Helena. Meu interesse e objetivo consiste em conversar e trocar impressões e experiências sobre Alzheimer. Minha mãe, (foto acima) é portadora desta patologia e acho importante que a troca exista no sentido de acrescentar conhecimentos e gerar espaços para desabafos entre cuidadores, assim como eu. Dentro do que me proponho oferecer, sinto - me capaz de abordar sobre cuidadores, suas relações com o portador e familiares e sobre o cotidiano que envolve a todos os implicados nessa causa. Para saber mais, em cada segmento há uma justificativa desenvolvida com o objetivo de ajudá-lo. Julgo oportuno mencionar que passado algum tempo, percebo que hoje possuo um trajeto impregnado de experiências diversas pois os desafios acontecem todos os dias. A necessidade de dialogar com pares aumenta a cada dia, pois há momentos em que a solidão e a impotência invadem minha vida! Que tal olharmos para este tema com mais proximidade e conversarmos sobre Alzheimer? Pensem nisso e sobre isso...

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Para tudo há um tempo e hora - Comparo a nossa vida a um rio. Que ora pode ser deixado no seu curso sozinho, sem interferências. Mas noutras, precisa de intervenções a fim de, na sua marcha inevitável, não promover enchentes e infortúnios sociais. No caso da doença da minha mãe, também há um percurso do qual sabemos que pertence ao fluxo da vida. Por outro lado existe a possibilidade de alterarmos rotas visando o bem estar possível dessa jovem e velha senhora, a minha mãe amada! Ah! E que guerreira tem se revelado! Entre medos, gritos e pânico diante do novo ambiente ( hospital) que experimentou, com agulhas, medicação e pessoas desconhecidas, ela venceu a pneumonia e teve alta depois de 06 dias. Sequelas surgiram e é delas que estamos a cuidar e providenciar medidas adequadas. Uma fono fará uma avaliação na segunda feira a fim de avaliar a sua mastigação e deglutição. No momento, a posição sentada tem sido a mais recomendada, porque evita que ela se engasgue, risco este que exige atenção contínua. A ingestão de líquido também merece relevância a fim de não desidratar, ministrado com delicadeza e atenção redobrada estimulando-a ao ato de engolir. Em meio a essa situação, ela sorri quando eu relembro fatos que ela me descreveu anteriormente relacionados com os seus familiares: pais e irmãos. Alegra-se quando lembrada das fugas que faziam ( todos os irmãos ) quando o seu pai alertava, em italiano, que era para fugir pois a mama vinha ao encalço deles. Também, quando entoo canções que ela cantava quando eu era criança. Quando menciona estar com medo, rezamos e, com calma, ela relaxa e se aquieta até a próxima crise. Então, concluo que, até para os cuidados, temos que ter bom senso, para garantir a vida com um padrão mínimo de qualidade! E que eu encontre sempre razões para seguir na minha saga de cuidadora da minha mãe. Beijos e gratidão da Vera Helena, sempre viva. 04/01/2013.

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