Quem sou eu

Meu nome é Vera Helena. Meu interesse e objetivo consiste em conversar e trocar impressões e experiências sobre Alzheimer. Minha mãe, (foto acima) é portadora desta patologia e acho importante que a troca exista no sentido de acrescentar conhecimentos e gerar espaços para desabafos entre cuidadores, assim como eu. Dentro do que me proponho oferecer, sinto - me capaz de abordar sobre cuidadores, suas relações com o portador e familiares e sobre o cotidiano que envolve a todos os implicados nessa causa. Para saber mais, em cada segmento há uma justificativa desenvolvida com o objetivo de ajudá-lo. Julgo oportuno mencionar que passado algum tempo, percebo que hoje possuo um trajeto impregnado de experiências diversas pois os desafios acontecem todos os dias. A necessidade de dialogar com pares aumenta a cada dia, pois há momentos em que a solidão e a impotência invadem minha vida! Que tal olharmos para este tema com mais proximidade e conversarmos sobre Alzheimer? Pensem nisso e sobre isso...

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

18-10-2011-OBSERVAÇÕES SOBRE O COMPORTAMENTO DA MINHA MÃE NO MEU ANIVERSÁRIO - Sempre procuro considerar sobre as situações vividas e delas extrair lições positivas, no sentido de prosseguir na e para a vida possível, mas sempre vida! Por isso, insisto muito sobre o desconhecimento que existe sobre Alzheimer e como muitas vezes algumas atitudes tomadas pelos responsáveis são vistas com desconfiança, suscitanto julgamentos precipitados derivados da ignorância reinante sobre esta patologia em especial. Os julgamentos que me refiro na maioria das vezes não podem ser considerados ofensivos, porque trazem consigo uma carga emocional carregada de boas intenções. Por isso, é fundamental que, a pessoa que assume o comando e responsabilidade direta sobre o portador, tenha clareza disso, a fim de não desgastar-se com situações de confronto que efetivamente não merecem a energia dispendida, muito menos discussões e rompimentos definitivos ou não.
Nesse cenário, o mais correto, é verificar o que pode ser feito pelo bem estar do portador e seus cuidadores mais próximos. Então, no caso da minha mãe e das reações que ela apresentou, meu irmáo e eu decidimos que o melhor para ela, é ser visitada no local onde passa a maior parte do tempo. Nele, conversar com ela, desenvolver as atividades condizentes à realidade, passear pelos jardins floridos, apreciar as flores e plantas, prosear com as pessoas que cruzarmos e ao nos recolhermos, poderemos cantar as músicas que ela gosta de ouvir, ler trechos curtos dos livros lá deixados, manusear as  fotografias, contarmos os velhos e sempre novos "causos" engraçados, que fazem-na sorrir gostosamente. E se pedir para se deitar, acomodaremos nossa querida da melhor maneira possível. Assim, desfrutaremos de momentos infinitamente felizes dentro do que temos e podemos desenvolver. Amém...Beijo no coração da Vera Helena, sempre viva.

Um comentário:

  1. Tia.. aqui é a Raquel! Parabéns pelo blog.. amei ! Muito bom ... vou ficar grudadinha acompanhando! Beijos enormes! e Saudades!

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