Quem sou eu

Meu nome é Vera Helena. Meu interesse e objetivo consiste em conversar e trocar impressões e experiências sobre Alzheimer. Minha mãe, (foto acima) é portadora desta patologia e acho importante que a troca exista no sentido de acrescentar conhecimentos e gerar espaços para desabafos entre cuidadores, assim como eu. Dentro do que me proponho oferecer, sinto - me capaz de abordar sobre cuidadores, suas relações com o portador e familiares e sobre o cotidiano que envolve a todos os implicados nessa causa. Para saber mais, em cada segmento há uma justificativa desenvolvida com o objetivo de ajudá-lo. Julgo oportuno mencionar que passado algum tempo, percebo que hoje possuo um trajeto impregnado de experiências diversas pois os desafios acontecem todos os dias. A necessidade de dialogar com pares aumenta a cada dia, pois há momentos em que a solidão e a impotência invadem minha vida! Que tal olharmos para este tema com mais proximidade e conversarmos sobre Alzheimer? Pensem nisso e sobre isso...

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Manifestações últimas- o silencio prossegue marcado por algumas características das quais não me arrisco dizer que todos os dias se repetem, pois como tenho percebido, prognósticos muito fechados, podem nos trazer surpresas, que muitas vezes angustiam o portador. Cautela sempre! Por exemplo: no caso da minha mãe, sinto que não são mais todos os dias que ela me reconhece como filha. Há sempre muita gentileza da parte dela em me cumprimentar e sorrir ( educada, como ela sempre foi ), mas infelizmente( não sei se estou preparada) este processo deve se acentuar até que um dia ela não me reconheça mais em definitivo.Sinalizo que ultimamente ela tem demonstrado angústia, traduzida em irritação e desconforto, quando solicitada a lembranças que não existem mais nos seus arquivos mentais. Por outro lado, se não povocarmos a conversa, ela permanece em silencio. Procedimentos tomados: vamos cantar mãezinha, ou Dona Antonia? ( no caso das cuidadoras). Riscos desta atitude: ouvir um sim, ou negativa em tom irritadiço ou cordato.Mas é preciso estimular o ato da fala, porque sinais faciais desta perda já se manifestam e instalam, deixando o rosto dela mais caído e flácido. Medidas: prosseguir nos estímulos preparados para diferentes reações, sem se abater em nível pessoal, pois o foco é ela! Neste caminho, orientar as cuidadoras sobre estas reações é essencial para que não se abatam além do que esta relação estéril aflora " naturalmente". Beijos e até sempre. Vera Helena, sempre viva. 26/01/2012.

Um comentário:

  1. Parabéns pela iniciativa do blog, Vera! Com certeza será muito útil para todos que convivem com a doença. Abraços.

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