Quem sou eu

Meu nome é Vera Helena. Meu interesse e objetivo consiste em conversar e trocar impressões e experiências sobre Alzheimer. Minha mãe, (foto acima) é portadora desta patologia e acho importante que a troca exista no sentido de acrescentar conhecimentos e gerar espaços para desabafos entre cuidadores, assim como eu. Dentro do que me proponho oferecer, sinto - me capaz de abordar sobre cuidadores, suas relações com o portador e familiares e sobre o cotidiano que envolve a todos os implicados nessa causa. Para saber mais, em cada segmento há uma justificativa desenvolvida com o objetivo de ajudá-lo. Julgo oportuno mencionar que passado algum tempo, percebo que hoje possuo um trajeto impregnado de experiências diversas pois os desafios acontecem todos os dias. A necessidade de dialogar com pares aumenta a cada dia, pois há momentos em que a solidão e a impotência invadem minha vida! Que tal olharmos para este tema com mais proximidade e conversarmos sobre Alzheimer? Pensem nisso e sobre isso...

sábado, 28 de janeiro de 2012

O bolo: instantes de luz!- Como sempre faço, todo final de semana eu levo um bolo para minha mãe e cuidadoras para a hora do chá. Normalmente o de fubá, um dos prediletos dela. Sei que ela não tem mais paladar, decorrente do Alzheimer, mas procuro atender à memória afetiva e as lembranças que este bolo desperta em forma de relatos que reavivo constantemente. Ela escuta com atenção e silencio prazerosos.Sobre isto, comuniquei à cuidadora que era para a hora do chá noturno enquanto minha mãe ouvia e cantava músicas do tempo dela num aparelho de som que temos no quarto dela. O espaço que ela habita é reduzido mas existe uma separação dos cômodos. Eis que ela me chama e me diz: eu quero um pedaço de bolo! Não pude me conter e dizer -lhe que a sua audição era primorosa! Ela  esboço um sorriso lindo e sereno como há tempos não o fazia, transformando este momento num instante raro de luz e encanto. Um sorriso não custa nada, mas sem dúvida gera forças para o decorrer do processo que vivemos, já que deixei-a levando comigo a recordação luminosa e fugaz que tivemos. Beijos meus. Vera Helena, sempre viva. 28/01/2012.

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