Quem sou eu

Meu nome é Vera Helena. Meu interesse e objetivo consiste em conversar e trocar impressões e experiências sobre Alzheimer. Minha mãe, (foto acima) é portadora desta patologia e acho importante que a troca exista no sentido de acrescentar conhecimentos e gerar espaços para desabafos entre cuidadores, assim como eu. Dentro do que me proponho oferecer, sinto - me capaz de abordar sobre cuidadores, suas relações com o portador e familiares e sobre o cotidiano que envolve a todos os implicados nessa causa. Para saber mais, em cada segmento há uma justificativa desenvolvida com o objetivo de ajudá-lo. Julgo oportuno mencionar que passado algum tempo, percebo que hoje possuo um trajeto impregnado de experiências diversas pois os desafios acontecem todos os dias. A necessidade de dialogar com pares aumenta a cada dia, pois há momentos em que a solidão e a impotência invadem minha vida! Que tal olharmos para este tema com mais proximidade e conversarmos sobre Alzheimer? Pensem nisso e sobre isso...

sábado, 22 de dezembro de 2012

Há vida: muito pode e deve ser feito! - A doença da minha mãe avança dia a dia. A criatividade precisa ser exercida! Novos sintomas, com as limitações impostas por eles. Nisso, o que importa são os movimentos e a possibilidade de rumos diferentes. Por exemplo: na minha chegada ao local onde minha mãe vive, realizo os cumprimentos rotineiros com o beijo e o abraço. Em troca, recebo um sorriso impregnado de ternura e o famoso Deus te abençoe, depois de tomada a benção diária. Mas é preciso continuar a fim de extrair mobilidade muscular da face e outros membros. Então, eu anuncio a novidade de um telefonema dirigido para ela, sempre com o mesmo conteúdo. Menciono sobre a irmã mais nova dela ( já falecida ) desejosa de saber notícias. A resposta vem em forma de mais sorriso e um diálogo entrecortado por sons às vezes inaudíveis que, mesclados àquilo que é compreensível, mobilizam os seus músculos faciais e geram uma energia alegre, de leveza. Atualmente, ela se encontra hospitalizada em decorrência de uma pneumonia e alterações na sua taxa de sódio. Mas, em meio a todo o ambiente hospitalar que lhe é muito hostil e assustador; ao anunciar sobre o telefonema que recebi ( o mesmo já citado), o semblante de alegria surge para amenizar tanta dureza que tenho assistido decorrente do estágio em que minha mãe se encontra. Insisto na possibilidade de proporcionar mudanças e transformações nos embates e desafios que o momento nos impõe! Finalizo com o título desse recorte: há vida: muito pode e deve ser feito!