Quem sou eu

Meu nome é Vera Helena. Meu interesse e objetivo consiste em conversar e trocar impressões e experiências sobre Alzheimer. Minha mãe, (foto acima) é portadora desta patologia e acho importante que a troca exista no sentido de acrescentar conhecimentos e gerar espaços para desabafos entre cuidadores, assim como eu. Dentro do que me proponho oferecer, sinto - me capaz de abordar sobre cuidadores, suas relações com o portador e familiares e sobre o cotidiano que envolve a todos os implicados nessa causa. Para saber mais, em cada segmento há uma justificativa desenvolvida com o objetivo de ajudá-lo. Julgo oportuno mencionar que passado algum tempo, percebo que hoje possuo um trajeto impregnado de experiências diversas pois os desafios acontecem todos os dias. A necessidade de dialogar com pares aumenta a cada dia, pois há momentos em que a solidão e a impotência invadem minha vida! Que tal olharmos para este tema com mais proximidade e conversarmos sobre Alzheimer? Pensem nisso e sobre isso...

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Um toque, um aceno, uma escuta, um sorriso e um beijo: pouco e muito! - Tudo nesta vida depende do "lugar" que nos encontramos. Nessa linha, tudo é relativo, inclusive o olhar diante dos fatos vivenciados. Toco nesse ponto, porque, no lugar onde minha mãe passa os seus dias, percebo a importância das ações contidas no título desse relato. No corre corre dessa vida insana, sorrir, abraçar, tocar carinhosamente uma pessoa que cruzamos pelas ruas e calçadas, talvez signifique um obstáculo às respostas dos compromissos previa e urgentemente agendados. Talvez cause estranhez , posto que atitudes carinhosas externalizadas podem gerar indagações diversas na aridez  que somos submetidos, inundados por conceitos e teorias diversas.Fato é que permitir-se tocar, oferecer um gesto de adeus, mandar um beijo, ouvir sempre as mesmas histórias das senhorinhas que convivem com minha mãe, gera em mim uma sensação gostosa e única.Com minha mãe amada, vivencio situação semelhante ao filme O Feitiço do Tempo, quando todos os dias o despertador sinalizava para as mesmas e repetidas cenas! Em compensação, recebo sorrisos, olhares de ternura, dos quais posso dizer que este pouco representa muito!
Deixo um beijo e o meu carinho agradecido aos meus companheiros de percurso nessa estrada de dor, lutas e amor! Vera Helena, sempre viva. 19/11/2012.

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