Quem sou eu

Meu nome é Vera Helena. Meu interesse e objetivo consiste em conversar e trocar impressões e experiências sobre Alzheimer. Minha mãe, (foto acima) é portadora desta patologia e acho importante que a troca exista no sentido de acrescentar conhecimentos e gerar espaços para desabafos entre cuidadores, assim como eu. Dentro do que me proponho oferecer, sinto - me capaz de abordar sobre cuidadores, suas relações com o portador e familiares e sobre o cotidiano que envolve a todos os implicados nessa causa. Para saber mais, em cada segmento há uma justificativa desenvolvida com o objetivo de ajudá-lo. Julgo oportuno mencionar que passado algum tempo, percebo que hoje possuo um trajeto impregnado de experiências diversas pois os desafios acontecem todos os dias. A necessidade de dialogar com pares aumenta a cada dia, pois há momentos em que a solidão e a impotência invadem minha vida! Que tal olharmos para este tema com mais proximidade e conversarmos sobre Alzheimer? Pensem nisso e sobre isso...

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Memória: importância dos registros em tempos de fragilidade e força.

Memória: importância dos registros em tempos de fragilidade e força -  Viajei no dia 18 de setembro e retornei na madrugada do dia 30. Ao chegar, soube que minha mãe encontrava-se num profundo estado de prostração. Medidas foram tomadas, que resultaram na sua internação de 8 dias, sendo que um dia inteiro ela permaneceu na UTI. Momentos de dor se instalaram, pois o seu estado inspirava muitos cuidados, sem promessas positivas sobre a sua recuperação. Mas, a cada dia vivido ao lado da minha mãe amada, certifico-me que o fôlego da sua vida, supera e subverte a todas as expectativas diagnosticadas. Junto dela o maior tempo possível, percebi a sua força e desconforto com o uso da sonda de alimentação. Fragilidade à prova! Nos instantes que nos era permitida a possibilidade de conversarmos o diálogo possível, retomei conteúdos que abordavam sobre o seu passado. Entre silêncios, olhares de ternura, alegria, desespero e braveza, obtive dela fragmentos de relatos dos tempos vividos no seu passado. Percebi então que colher e registrar dados sobre assuntos diversos da vida da minha mãe, foi e tem sido de muita utilidade dentro das limitações impostas pela evolução das doenças que a acometem. Por isso, convido a todos os indivíduos que vivenciam situação semelhante a minha, que façam uso desse recurso valioso no sentido de manter viva a vida possível, mas sempre vida! Beijos e gratidão aos que me ajudam a caminhar um dia de cada vez e sempre. Vera Helena, sempre viva. 15.10.2013.

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