Quem sou eu

Meu nome é Vera Helena. Meu interesse e objetivo consiste em conversar e trocar impressões e experiências sobre Alzheimer. Minha mãe, (foto acima) é portadora desta patologia e acho importante que a troca exista no sentido de acrescentar conhecimentos e gerar espaços para desabafos entre cuidadores, assim como eu. Dentro do que me proponho oferecer, sinto - me capaz de abordar sobre cuidadores, suas relações com o portador e familiares e sobre o cotidiano que envolve a todos os implicados nessa causa. Para saber mais, em cada segmento há uma justificativa desenvolvida com o objetivo de ajudá-lo. Julgo oportuno mencionar que passado algum tempo, percebo que hoje possuo um trajeto impregnado de experiências diversas pois os desafios acontecem todos os dias. A necessidade de dialogar com pares aumenta a cada dia, pois há momentos em que a solidão e a impotência invadem minha vida! Que tal olharmos para este tema com mais proximidade e conversarmos sobre Alzheimer? Pensem nisso e sobre isso...

domingo, 26 de maio de 2013

Música, vida, música, partida e perda : ciclos da vida. Quando minha amiga referiu-se a tocar piano em parceria com o seu irmão, que é sanfoneiro, no local onde minha mãe reside, gostei muito da ideia. E ela ensejou de executar esta atividade bem perto do dia das mães. No momento, concordei, mas em seguida  me atentei à brevidade da vida, da pouca memória dos residentes do lugar e da fragilidade da saúde de cada um, que adiantei-me e pedi que fossem logo que desse, suprimindo a necessidade de que isso ocorresse em comemoração à data referida. Naquela tarde inesquecível, assisti a um espetáculo de pureza e beleza ímpares: todas sorriam, bailavam de acordo com as suas possibilidades, envolvidas no som inebriante das músicas do tempo delas: puro deleite e contentamento! Alguns dias depois, aquela senhorinha que me mandava beijos entusiasticamente adoeceu e junto com outra querida do local, partiram para outro plano... Vale lembrar que naquela tarde musical, ambas se alegraram muito. Então, me recordo de uma frase, meu lema, que enfeitava a parede da casa da minha sogra que dizia assim: "Se queres me dar uma flor, que o  faça agora"!
Bom para mim e para elas, as minhas queridas que se foram sem termos nos despedido... Driblamos o tempo e promovemos encontros possíveis no aqui e agora: nossa certeza é o nosso presente. O resto? Pura conjectura!!! Beijos e gratidão pelo espaço que permite me organizar, trocar, desabafar e aguardar respostas em meio a esse caminhar solitário e feliz! Vera Helena, sempre viva. 26/05/2013.

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