Quem sou eu

Meu nome é Vera Helena. Meu interesse e objetivo consiste em conversar e trocar impressões e experiências sobre Alzheimer. Minha mãe, (foto acima) é portadora desta patologia e acho importante que a troca exista no sentido de acrescentar conhecimentos e gerar espaços para desabafos entre cuidadores, assim como eu. Dentro do que me proponho oferecer, sinto - me capaz de abordar sobre cuidadores, suas relações com o portador e familiares e sobre o cotidiano que envolve a todos os implicados nessa causa. Para saber mais, em cada segmento há uma justificativa desenvolvida com o objetivo de ajudá-lo. Julgo oportuno mencionar que passado algum tempo, percebo que hoje possuo um trajeto impregnado de experiências diversas pois os desafios acontecem todos os dias. A necessidade de dialogar com pares aumenta a cada dia, pois há momentos em que a solidão e a impotência invadem minha vida! Que tal olharmos para este tema com mais proximidade e conversarmos sobre Alzheimer? Pensem nisso e sobre isso...

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Meu protesto em meio a tanto manifesto

Meu protesto em meio a tanto manifesto - Nesses dias últimos temos assistido a uma variedade de protestos apresentados das mais diferentes maneiras, com algumas versões pertinentes e com muitas a serem interpretadas pela história enquanto ciência investigativa. Incluo-me nessa legião a fim de registrar minha queixa, diante de tanta impotência num caminhar solitário, no papel de filha e cuidadora da minha mãe amada, com Alzheimer e Parkinson. Creio mesmo que a mesma tem o caráter de desabafo, sobremaneira no que diz respeito ao tema envelhecimento, destacadamente no nosso país. Via de regra, percebemos um discurso positivo e presente em muitos segmentos da nossa sociedade voltado para essa parcela da população. Mais notadamente quando enaltece a aparência física do "sempre jovem idoso". Entretanto, quando nos deparamos com a realidade e o cotidiano que ela nos oferece, notamos que há um hiato significativo entre o se preconiza e o que se vê, mais exatamente quando nos referimos ao velho doente, necessitado de cuidados variados.Aí, a fotografia é doída, com poucos protagonistas estimulados a encarar e assumir os desafios cotidianos da demanda natural dessa fase da vida.O despreparo é grande, permeado de frases prontas para, com elas, justificar um retraimento porque não conseguem percorrer essa estrada. Nosso país não fez a tarefa de casa como devia, ou seja, precisaríamos ter fortalecido a nossa economia a fim de investirmos na velhice. Hoje, temos um contingente expressivo de pessoas idosas,  com pouco acesso aos bens favoráveis a um envelhecer digno e saudável. Há muito a ser realizado! O caminho é espinhoso, mas precisa ser encarado com coragem e ousadia pois seremos nós essas pessoas amanhã! Beijos e gratidão aos que me seguem nesse caminho de cruz e muita, mas muita luz! Vera Helena, sempre viva. 05/07/2013.

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