Quem sou eu

Meu nome é Vera Helena. Meu interesse e objetivo consiste em conversar e trocar impressões e experiências sobre Alzheimer. Minha mãe, (foto acima) é portadora desta patologia e acho importante que a troca exista no sentido de acrescentar conhecimentos e gerar espaços para desabafos entre cuidadores, assim como eu. Dentro do que me proponho oferecer, sinto - me capaz de abordar sobre cuidadores, suas relações com o portador e familiares e sobre o cotidiano que envolve a todos os implicados nessa causa. Para saber mais, em cada segmento há uma justificativa desenvolvida com o objetivo de ajudá-lo. Julgo oportuno mencionar que passado algum tempo, percebo que hoje possuo um trajeto impregnado de experiências diversas pois os desafios acontecem todos os dias. A necessidade de dialogar com pares aumenta a cada dia, pois há momentos em que a solidão e a impotência invadem minha vida! Que tal olharmos para este tema com mais proximidade e conversarmos sobre Alzheimer? Pensem nisso e sobre isso...

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Alzheimer: curiosidade e inquietações compartilhadas- Via de regra, sabemos que a perda da memória recente aliada a outros sintomas frequentes, com exames comprobatórios, sinalizam para a patologia do Alzheimer. Me atendo a esta questão da memória recente e as subsequentes perdas, observo que, no caso da minha mãe, o que lhe resta refere-se às lembranças e evocações da sua vida de menina, da jovem professora e do seu percurso profissional relacionado a esta época. Que numa outra publicação registrarei sobre a minha conduta acerca deste tempo vivo para ela e as ações que realizo. Retomando o foco, acrescento que as melodias que compõem o repertório da minha mãe, também são do período que mencionei, das quais entoamos sempre. No entanto, uma música, embora com a letra não mais lembrada em sua intereza, continua presente na sua memória até hoje. O nome dela, é "O bêbado e o equilibrista", que nos últimos 20-25 anos de existência da minha mãe, sempre era entoada, ora a pedido dela, noutras, como uma forma de prestigiá-la. Na sua festa de 80 anos, é ainda viva a lembrança dela dançando sozinha no meio da roda que fizemos, para assisti-la com seu vestido longo ( a única da festa ) a vibrar entusiasmada.O que me intriga, é que, se eu cantar esta música, ela me acompanha perfeitamente, com sua voz baixa,  às vezes, quase inaudível, mas com desejo e vontade!
Esta vivacidade, contrasta com o que vimos que para mim e os que a escutam se torna em mais um momento de alento, singeleza e amor. Um beijo para cada um de vocês e grata pela escuta. Com carinho. Vera Helena. 08/02/2012.

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